O ano era de 1918 e havia milhares de corpos estendidos em lugares públicos. A morte se tornou tão comum naquele ano que cenas assim já não faziam parte da ficção, mas vistas diariamente.
Naquele ano, os rostos rosados de moças e rapazes tomavam estranha coloração e manchas apareciam em seus corpos febris; calafrios e desconforto os acompanhavam até o momento em que seus pulmões, cheios de fluidos, perdiam a capacidade de respirar e seus corpos se entregavam à morte. Morreu-se em corredores de hospitais, velou-se às pressas e enterrou-se em qualquer lugar.
A gripe espanhola deixou mais de 40 milhões de mortos e foi a mais devastadora pandemia já vista na história. O homem nada pôde fazer para vencer sua própria fragilidade diante da natureza.
Quase um século depois, a humanidade se deparou novamente com uma doença de semelhante capacidade letal: a gripe suína.Começou timidamente e logo já virou pandemia, espalhando o medo a toda população.
A mídia constantemente anunciava notícias sobre a gripe e todos sabiam quais eram os sintomas e principalmente como manter-se longe do contágio.
Apesar do pânico que as constantes informações, quase sempre negativas, sobre a pandemia causavam, a mídia teve papel fundamental no sentido de impedir que a doença tomasse proporções maiores, o que não ocorreu em 1918. Ao contrário, na época, os países omitiam a contaminação e não divulgavam informações para evitar que seus soldados fossem impedidos de lutar na Primeira Guerra.
A medicina, a ciência e a tecnologia também tiveram imensa participação nos rumos que a pandemia tomaria. Apesar de ser uma perigosa mutação do vírus da gripe e ser uma doença desconhecida, muitas foram as medidas tomadas para evitar mortes, e a gripe, quando tratada no início, não chegava a ser fatal.
Enfim, a gripe suína, após já ter atingido sua fase mais devastadora, parece estar sob controle e as perdas deixadas foram de 3200 mortos em todo o mundo.
Muito há o que lamentar pelas vidas que não foram salvas, mas também há o que aplaudir: o mundo soube reagir com inteligência diante de uma epidemia tão devastadora, 90 anos de avanços ajudaram a poupar milhares de vidas. Tais avanços devem, sim, ser aplaudidos, porém o maior aprendizado que a humanidade pôde levar não foi o sentimento de evolução em relação às décadas passadas e sim a certeza de que, apesar do elevado grau de desenvolvimento e tecnologia que obtivemos, ainda estamos restritos à condição humana, que é tão grande em suas conquistas e criações e ao mesmo tempo tão frágil diante das desventuras da mesma natureza que nos criou.
Naquele ano, os rostos rosados de moças e rapazes tomavam estranha coloração e manchas apareciam em seus corpos febris; calafrios e desconforto os acompanhavam até o momento em que seus pulmões, cheios de fluidos, perdiam a capacidade de respirar e seus corpos se entregavam à morte. Morreu-se em corredores de hospitais, velou-se às pressas e enterrou-se em qualquer lugar.
A gripe espanhola deixou mais de 40 milhões de mortos e foi a mais devastadora pandemia já vista na história. O homem nada pôde fazer para vencer sua própria fragilidade diante da natureza.
Quase um século depois, a humanidade se deparou novamente com uma doença de semelhante capacidade letal: a gripe suína.Começou timidamente e logo já virou pandemia, espalhando o medo a toda população.
A mídia constantemente anunciava notícias sobre a gripe e todos sabiam quais eram os sintomas e principalmente como manter-se longe do contágio.
Apesar do pânico que as constantes informações, quase sempre negativas, sobre a pandemia causavam, a mídia teve papel fundamental no sentido de impedir que a doença tomasse proporções maiores, o que não ocorreu em 1918. Ao contrário, na época, os países omitiam a contaminação e não divulgavam informações para evitar que seus soldados fossem impedidos de lutar na Primeira Guerra.
A medicina, a ciência e a tecnologia também tiveram imensa participação nos rumos que a pandemia tomaria. Apesar de ser uma perigosa mutação do vírus da gripe e ser uma doença desconhecida, muitas foram as medidas tomadas para evitar mortes, e a gripe, quando tratada no início, não chegava a ser fatal.
Enfim, a gripe suína, após já ter atingido sua fase mais devastadora, parece estar sob controle e as perdas deixadas foram de 3200 mortos em todo o mundo.
Muito há o que lamentar pelas vidas que não foram salvas, mas também há o que aplaudir: o mundo soube reagir com inteligência diante de uma epidemia tão devastadora, 90 anos de avanços ajudaram a poupar milhares de vidas. Tais avanços devem, sim, ser aplaudidos, porém o maior aprendizado que a humanidade pôde levar não foi o sentimento de evolução em relação às décadas passadas e sim a certeza de que, apesar do elevado grau de desenvolvimento e tecnologia que obtivemos, ainda estamos restritos à condição humana, que é tão grande em suas conquistas e criações e ao mesmo tempo tão frágil diante das desventuras da mesma natureza que nos criou.
SOBRE O AUTOR Laís Verzenhassi Toledo Turma: 3.2 Ano: 2009 Laís foi monitora da Área de Humanas do Colégio. Seu texto foi escolhido como finalista do Prêmio Gazeta de Limeira 2009. |
Premiação
no Teatro Vitória
Vixee bagaçou hein ^^ muito legal o texto. Parabens
ResponderExcluirParabéns!!!
ResponderExcluirContinue escrevendo e use seu dom para fazer sucesso.
Profª Elisângela Albuquerque (Poços de Caldas)