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O papel das instituições na formação moral do individuo

Pressa, correria, preocupação, ansiedade. Deveres, tarefas, horários. Vida cotidiana. Estamos fascinados e dominados pelo que o mundo comunista pode nos oferecer. E pelas mordomias capitalistas veem-se ações como trapaças, baixaria, corrupção, crimes. A caridade, a compaixão, a ética, o amor, tornam-se valores distantes e oprimidos pelo nosso egocentrismo.


Desde crianças aprendemos o que seria certo ou errado. E esses princípios não nos “surgiram simplesmente”. Alguém nos ensinou a ter essa consciência, formou-nos e nos moldou para podermos viver em harmonia na sociedade: a família, a igreja, a escola e a justiça se encarregam disso.

A instituição família tem um papel fundamental na formação moral do individuo. A ideia de princípios, valores, respeito e ética vem dessa base, quando somos controlados e submetidos à obediência aos pais, aprendendo assim a controlar os “instintos” e pensar em considerar também o outro além de si.

Já a igreja propõe o amor ao próximo, seguir os mandamentos e buscando a santidade, o que nada mais é do que uma idealização dos valores necessários para viver em sociedade. O papel a igreja é muito importante, pois proporciona ao individuo através da fé, um grau de confiança, controle, consolo e consciência, que o ajudaram na formação de sue caráter social.

Também a escola possui um papel importante, pois da ao cidadão a oportunidade de desenvolver sua identidade e autonomia, interagindo com os outros e dividindo as opiniões e ideais com o grupo em que convive. Para isso, professores e alunos, debatem entre si o que seriam posturas adequadas dentro do âmbito social.

Por fim a Justiça atribui limites à sociedade com um conjunto de normas e regras, vinculados a um sistema carcerário que penaliza, se desrespeitadas as leis que defendem a moral.

No entanto, apesar de todas essas “formações morais”, a humanidade falha muito. Na vida prática, não existe mais respeito ao ser humano. Muitos valores estão sendo quebrados por conta do individualismo e do egocentrismo que se espalhou pelo mundo. Um bom exemplo disso em nosso país é a corrupção. Homens, escolhidos por nós, para trabalhar em prol da sociedade, acabam por usar verbas públicas em benefício próprio.

A sociedade sofre com isso. E pede socorro. Pesquisas do IVH (índice de valores humanos), mostram que as prioridades a serem premiadas para uma vida melhor são: a educação, seguida da politica publica, violência, ”valores morais” e emprego. A própria sociedade reclama, e isso mostra que realmente a situação é critica.

A solução é simples. Respeito é o que se precisa. E cabe a essas instituições, já citadas, reforçar seu papel na discussão dos valores, pregando acima de tudo o respeito, tão necessário para que a sociedade encontre o caminho da convivência pacifica.

Profª Flaviana e Monise Coutinho em cerimônia de premiação.

Monise recebe o prêmio pelo melhor texto na categoria segundo ano do Ensino Médio (2011).
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Valores: ontem e hoje

Desde a antiguidade, a sociedade se mostrou frágil no que diz respeito a valores morais. Os séculos passados trazem lembranças de como a falta destes destruíram a estrutura social. Um exemplo foi a queda de Roma, que por não ter tido sua base fundada sobre corretos valores, teve seu império destruído.


A decadência de Roma surge como um exemplo de que valores como respeito e honestidade devem fundamentalmente ser o alicerce onde a sociedade se sustenta. Isso porque o Império Romano vivenciava uma devastadora segregação social, limitando o contato entre indivíduos de diferentes classes sociais. Chegou- se a utilizar faixas de diferentes cores para designar pessoas de alta, média e baixa renda. Atitudes como essa provocaram uma desorganização na sociedade, dificultando o convívio entre os cidadãos.

Porém essa desestrutura social não cessou no século III, com a Queda do Império, ela perdurou durante toda a história da humanidade. No século XIX, a falta de valores morais era criticada pelo Realismo, o qual tinha como principal característica a abordagem de temas sociais. Nessa fase, o abismo causado pela carência de bons valores incomodava os escritores e artistas que através de textos e pinturas fizeram uma denuncia da realidade, aquela caracterizada pela hipocrisia, pelos interesses inescrupulosos, pela mentira e uma série de outros fatores que corromperam o comportamento moral.

E esse problema referente à falta de valores se mantiveram linear, tanto é que nos dias de hoje ainda vivenciamos uma distorção de valores, posta em pratica através de outros meios, como marca de roupa, de carro, e uma série de outros bens materiais que servem como referencia para definir e classificar os indivíduos. Com isso criamos uma sociedade deficiente, onde predomina o egoísmo, já que cada um pensa somente em si ; a intolerância; a violência, que desde sempre nos afeta e é causa de grandes estragos.

É necessária uma reformulação social visando melhorias, que se baseiem em valores morais absolutos, tais como: o respeito, a honestidade, a verdade e a honra. E para isso, a sociedade deve primordialmente dialogar, discutir a vida social e esses valores e através disso alcançar uma sociedade mais justa e saudável.

Profª Flaviana e Paula Gachet em cerimônia de premiação (2011).
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A dor do progresso - Camila Reis Peregrino

As epidemias já dizimaram diversas populações das mais distintas regiões da terra, devido à rapidez de disseminação que elas apresentam. A peste bubônica, a febre amarela, a gripe espanhola e, recentemente, a gripe suína são alguns exemplos de doenças que aterrorizaram a população, principalmente pela facilidade de contágio e pela falta de informações até então existentes. No entanto, apesar do grande número de mortes que os surtos de doenças geralmente provocam, ainda é
possível obter consequências positivas desse problema imposto à humanidade.

Não há nada mais eficiente que o medo e o pânico causados pela morte de milhares de pessoas, vítimas de uma nova doença, para unir as forças mundiais em prol da sobrevivência da própria humanidade. É dessa união desesperada que novos conhecimentos científicos e avanços tecnológicos são alcançados, os surtos epidêmicos são contidos e toda a sociedade é beneficiada.

Isso sem mencionar o fato de que, principalmente nos países subdesenvolvidos, onde a saúde pública enfrenta sérios problemas de descaso governamental, as autoridades são pressionadas a atentar para a necessidade de investimentos nesse setor, uma vez que grande parte da população depende de tais serviços e, em épocas de epidemias, passam a exigir tal direito.

As campanhas preventivas que se instalam nessas épocas também são extremamente benéficas para a vida em sociedade, pois, na maioria das vezes, a prevenção é principalmente a intensificação da higiene pessoal, o que ajuda a prevenir diversas outras doenças, contribuindo para a saúde da população.

Além disso, mais uma vez o homem é lembrado que, independente do sexo, da cor da pela e da classe social, ele encontra-se suscetível ao contágio de qualquer doença, sendo, portanto, a igualdade entre os seres humanos provada.

Sendo assim, apesar de toda dor e de todo desespero que inevitavelmente os surtos epidêmicos geram, é inegável o fato de que grande parte do progresso da humanidade só se tornou possível por meio deles. Infelizmente, o homem precisa de motivadores cruéis como a dor para unir esforços e lutar para o bem de toda uma sociedade.




SOBRE O AUTOR
Camila Reis Peregrino
Turma: 3.1 Ano: 2009
Camila foi monitora da Área de Humanas do Colégio. Seu texto foi selecionado para o Prêmio Gazeta de Limeira 2009.
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Um século de aprendizado - Laís Verzenhassi Toledo

O ano era de 1918 e havia milhares de corpos estendidos em lugares públicos. A morte se tornou tão comum naquele ano que cenas assim já não faziam parte da ficção, mas vistas diariamente.
Naquele ano, os rostos rosados de moças e rapazes tomavam estranha coloração e manchas apareciam em seus corpos febris; calafrios e desconforto os acompanhavam até o momento em que seus pulmões, cheios de fluidos, perdiam a capacidade de respirar e seus corpos se entregavam à morte. Morreu-se em corredores de hospitais, velou-se às pressas e enterrou-se em qualquer lugar.

A gripe espanhola deixou mais de 40 milhões de mortos e foi a mais devastadora pandemia já vista na história. O homem nada pôde fazer para vencer sua própria fragilidade diante da natureza.
Quase um século depois, a humanidade se deparou novamente com uma doença de semelhante capacidade letal: a gripe suína.Começou timidamente e logo já virou pandemia, espalhando o medo a toda população.
A mídia constantemente anunciava notícias sobre a gripe e todos sabiam quais eram os sintomas e principalmente como manter-se longe do contágio.

Apesar do pânico que as constantes informações, quase sempre negativas, sobre a pandemia causavam, a mídia teve papel fundamental no sentido de impedir que a doença tomasse proporções maiores, o que não ocorreu em 1918. Ao contrário, na época, os países omitiam a contaminação e não divulgavam informações para evitar que seus soldados fossem impedidos de lutar na Primeira Guerra.

A medicina, a ciência e a tecnologia também tiveram imensa participação nos rumos que a pandemia tomaria. Apesar de ser uma perigosa mutação do vírus da gripe e ser uma doença desconhecida, muitas foram as medidas tomadas para evitar mortes, e a gripe, quando tratada no início, não chegava a ser fatal.
Enfim, a gripe suína, após já ter atingido sua fase mais devastadora, parece estar sob controle e as perdas deixadas foram de 3200 mortos em todo o mundo.

Muito há o que lamentar pelas vidas que não foram salvas, mas também há o que aplaudir: o mundo soube reagir com inteligência diante de uma epidemia tão devastadora, 90 anos de avanços ajudaram a poupar milhares de vidas. Tais avanços devem, sim, ser aplaudidos, porém o maior aprendizado que a humanidade pôde levar não foi o sentimento de evolução em relação às décadas passadas e sim a certeza de que, apesar do elevado grau de desenvolvimento e tecnologia que obtivemos, ainda estamos restritos à condição humana, que é tão grande em suas conquistas e criações e ao mesmo tempo tão frágil diante das desventuras da mesma natureza que nos criou.




SOBRE O AUTOR
Laís Verzenhassi Toledo
Turma: 3.2 Ano: 2009
Laís foi monitora da Área de Humanas do Colégio. Seu texto foi escolhido como finalista do Prêmio Gazeta de Limeira 2009.




Premiação
no Teatro Vitória
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